Estes últimos dias de 2016 foram tramados.
Para além da correria de sempre, que ainda que tenha coisas muito boas, nos suga até ao tutano: presentes, comida, família, jantares da praxe… “respira”. Presentes, comida, família, jantares da praxe… “respira outra vez”. Presentes, comida, família, jantares da praxe… “cai para o lado, que já acabou!”, calhou-me uma valente gripe no sapatinho, o que, aposto, tem dedo de um Pai Natal ressabiado com a carta que lhe escrevi. Mas adiante, que a vida não tem espaço para rancores. Estamos quites, “Barbuchas”, ok?
Voltando à gripe, ainda hoje ando a carpi-la, na velha máxima “abafa-te, abifa-te e avinha-te”. (cá entre nós, valha-nos o “avinha-te” que sempre dá para a malta desculpar uns copos), o que não me permitiu sequer pensar numas palavras bonitas, inspiradoras e cheias de boas intenções para 2017. Como gostaria e como vocês tanto merecem.
Ainda assim e tendo em conta as claras limitações físicas do momento, aqui vão as doze passas para o ano novinho que aí vem:
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Hummm, agora é que a arranjei bonita…Não sei por onde começar!
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Ah sim… Saúde. A saúde é o bem mais precioso, porque nos traz a possibilidade e a força para ir atrás de tudo o resto (vá pessoal, toca a comprar as cuequinhas azuis…);
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Amor. Das pessoas e dos gestos. Amor companheiro, amor amigo, amor cúmplice, amor depositado na mais pequenina coisa que fazemos, amor capaz de deixar os anos passar. E permanecer;
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Amigos novos. Amigos velhos, chegou a hora da despedida ou pensavam que ia levar essas carcaças para 2017? Brincadeirinha… Vocês fazem a vida valer a pena e têm, cada um de vós, lugar cativo neste meu coração feliz. Levo-as para o ano que agora começa, tal como as levarei sempre por mais anos que passem, minhas pessoas queridas. Podemos sempre arranjar mais compinchas para a pandilha, porque também é muito bom deixar que uma relação, na idade adulta, se conheça e se transforme, naturalmente, em amizade, provando-nos que o mundo está cheio de gente boa;
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Trabalho. Mas trabalho dos bons, daqueles que nos faz feliz, daqueles que nos alimenta a vontade de aprender e que não deixaríamos de fazer, mesmo que raspássemos uns milhões. Ok, menos horas talvez, mas ainda assim a querer trabalhar, porque tenho um trabalho de que gosto. Muito;
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Dinheiro. Sim, dinheiro é bom. Não é preciso muito, apenas o suficiente para a malta não andar a contar os tostões ao fim do mês (o que é absolutamente deprimente), e para ir fazendo um pé de meia que dê para fazer uma ou duas extravagâncias ao longo do ano (ao critério de cada um);
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Viagens. Extravagância top para mim, apenas e só porque sou das que tem de contar tostões ao fim do mês. Mas uma viagem a três seria a cereja no topo de 2017;
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Ainda só vou a meio disto? E agora? Passo o ano a queixar-me dos sonhos por concretizar e na hora H, fico sem inspiração… Ok, o nariz entupido ocupa-me a atenção dos neurónios… avancemos pois, que com esta distração, já lá vai menos uma…
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Desafios. Não sei como não me lembrei logo disto. Há poucas coisas que deem mais adrenalina do que nos desafiarmos a nós mesmo e nos pormos à prova. Friozinho na barriga, coração palpitante, sensação de conquista sempre que a coisa corre bem e nos superamos, a nós e aos nossos medos. Gosto, gosto muito. Bring it on, portanto!
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Última passa. Epah esta tem de ser tipo “tchanam” para a coisa acabar em grande… Coragem. Talvez porque todos os anos trazem o futuro que não se conhece, que não se controla e isso, às vezes, assusta. Coragem pois, para que com garra, façamos frente a tudo e saibamos sempre retirar o melhor de todas as lições;
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Porra, que faltam duas. Confundi isto com os 10 mandamentos. São as passas das 12 badaladas Rita, são as passas…
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E na última, proponho um refresh de todos os desejos e, sobretudo, que se acredite. Acreditar é um bom desejo. Nele cabe a vontade, cabe a força de não desistir, cabe a coragem de correr atrás. Qual balão de oxigénio que empurra os sonhos para cima. Assim eles sigam e subam.
Et voilá, já cá cantam todas e este texto ficou maior do que estava previsto. Mas já que assim foi, proponho-vos o mesmo exercício para que hoje, as brancas a meio das mastigadelas de passas possam ser residuais.
E claro, mesmo que as engulam todas de uma vez, o importante é mesmo confiar que 2017 será sempre uma oportunidade para nos tornarmos numa melhor versão de nós próprios, que respeite quem somos, que acarinhe as intenções que temos e nos permita crescer por dentro e desejar que os anos continuem fazer-se irrepetíveis.
Posto isto, que seja um ano do caraças! (E desculpem qualquer disparate que aqui tenha sido dito. O responsável é, muito provavelmente, o propionato de fluticasona…)
Que seja, simplesmente, um bom ano 2o17 para todos, cheio de oportunidades!
Beijitos, saúde!
Um óptimo 2017. Saúde, amigos bons, sorrisos e muita criatividade para aproveitar todos os segundos de tudo o que de bom a vida nos oferece. Beijinhos! 🙂